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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Balanço da Era Lula no Globo: Olho torto entorta a vista

Retirado do Blog do Planalto.

"Quem leu ou vier a ler o caderno especial do jornal O Globo sobre a Era Lula não terá dúvida: a direção do jornal, seus editores e analistas estão entre os 3% a 4% de brasileiros que consideram o Governo Lula ruim ou péssimo.

Para eles, a aprovação de mais de 80% alcançada pelo presidente Lula e seu governo ao final de oito anos de mandato é um mistério. Talvez uma ilusão ou uma hipnose coletiva, que estaria impedindo o povo de enxergar a realidade. Para O Globo e seus analistas, o Brasil avançou muito pouco na Era Lula e os poucos avanços teriam sido apesar do governo e não por causa de suas ações.

Como disse o presidente Lula no dia em que registrou em cartório o seu legado, a imprensa não tem interesse nas ações construtivas do governo, ela prefere focalizar as destrutivas. Cabe ao próprio governo fazer chegar à sociedade o contraponto.

Por isso, o Blog do Planalto consolida aqui as contestações feitas pelo governo ao balanço da Era Lula publicado pelo Globo no último domingo. Os textos tiveram a colaboração dos ministros Celso Amorim, das Relações Exteriores, Luiz Paulo Barreto, da Justiça, José Gomes Temporão, da Saúde, Fernando Haddad, da Educação, e Paulo Passos, dos Transportes, da Subchefe de Acompanhamento e Monitoramento da Casa Civil e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, Maurício Muniz da Casa Civil, Marcia Quadrado do Ministério do Desenvolvimento Agrario, e Yuri Rafael Della Giustina, Ministério das Cidades.

A edição final é da chefe do Gabinete Adjunto de Informações em Apoio à Decisão do Gabinete Pessoal do Presidente, Maya Takagi.

Aqui está o ponto de vista do governo que O Globo se recusa a considerar e transmitir aos seus leitores. São os avanços reais do Brasil na Era Lula. Um Brasil que avançou muito, mas precisa avançar mais. Um Brasil que continuará avançando com a presidenta Dilma, que a maioria do País elegeu para continuar a era de transformações e de desenvolvimento com justiça social e altivez, iniciada por Lula.

- Introdução: Resolvendo problemas seculares

- O eixo da mudança: a inclusão social é o motor do crescimento

- Entrando no trilho do conhecimento: da creche ao doutorado

- O paciente precisa melhorar, mas já respira sem aparelhos

- A liberação de recursos destravou e o Brasil voltou a ter obras de saneamento

- Mais crédito e mais famílias assentadas do que todos os outros governos juntos

- Porta de saída da miséria e de entrada na cidadania

- O caminho da paz, com justiça e cidadania

- Destravando as engrenagens do crescimento

- Reduzindo o custo Brasil

- Ninguém respeita quem não se respeita

- Recuperando a capacidade de orientar o desenvolvimento e servir a toda população

- Transportando gente e tecnologia na velocidade do futuro"

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Etnocentrismo na bandeja do McDonald's?



De vez em quando eu ataco minha saúde comendo na famosa lanchonete internacional.

Todos conhecem aqueles papéis que vem na bandeja. De vez em quando tem um tema engraçadinho que merece maior atenção.

O último que me prendeu foi um que tem a frase "meu amigo" em 32 idiomas. A ideia parece bem legal, mas como sempre há um porém. Dos 32 idiomas temos 21 europeus, 8 asiáticos, um das américas, um africano e um polinésio.

A supremacia europeia já era esperada, mas acho que não tanto. Sem falar na relevância de alguns dos citados. Acredito que iídiche, catalão, irlandês e albanês não estão entre os mais relevantes.

O idioma polinésio é o havaiano, qe tem como única relevância ser de um estado dos EUA.

Nas américas consta o tupi-guarani, que não um idimoa em si, mas uma família de idiomas. Mas interessante seria citar o guarani, idioma oficial no paraguai. Ou o quéchua, muito relevante no Peru e na Bolívia. Línguas oficiais em seus países, com milhões de falantes.

Mas a pior parte mesmo fica na África. Só citaram o africâner! Na mesma África do Sul faria mais sentido e seria politicamente mais correto citar o zulu ou xhosa. Mas acharam melhor ensinar às crianças idioma que representa a parte mais triste da história do país.

Churrasco de turma de Escola


Ontem fui num churrasco da minha turma da escola. Nos formamos em 1999. Faz muito tempo.

Fui para lá com medo de não reconhece a maioria das pessoas. Eu sempre fico com a ideia de que todos sabem quem eu sou e eu não lembro de muitos.

Mas, chegando lá, foi tudo mais tranquilo. Reconheci quase todos.Apenas um ou outro que demorei mais saber quem era. Ainda não foi dessa vez que precisamos de crachás...

Mas os pontos que considerei mais interessantes de se relatar:

- os homens, na maioria, mudaram menos e foram ao evento como se fosse à esquina. Bermuda e camiseta;

- as mulheres superproduzidas. Precisam parecer que estão bem;

- pessoas com as quais nunca tive maior contato em momento amigos de infância;

- o mundo é um ovo. O marido de uma colega é ex-namorado de uma grande amiga. O namorado de outra tem vários amigos em comum;

- Por último. A galera da cerveja continua a mesma.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Se algum indeciso aparecer por aqui

Para você, eleitor indeciso, por Ricardo Lins Horta

Ricardo Lins Horta escreveu este texto, recheado de fontes. Ele é dirigido aos leitores indecisos. Fique à vontade para repassá-lo mas, por favor, preserve os links. Eles são a fundamentação do argumento. Se você não consegue copiar o post mantendo os links, escreva-me e eu lho envio por email.

********
Esta mensagem é dedicada a você, eleitor consciente e crítico, cujo voto é fundamentado em argumentos, que ainda está indeciso.

Ela é dividida em tópicos para facilitar: você pode ir direto onde lhe interessa.

Tudo o que será exposto nesta mensagem terá dados e respectivas fontes (clique nos links), diferentemente de tantos spams eleitorais e correntes apócrifas que surgem por aí.

Se você discordar de algo - o que é perfeitamente legítimo - o debate poderá se dar em cima de evidências, em vez de boatos e achismos.

Os argumentos defendidos são:

Tópico 1: Não é verdade que houve "aparelhamento da máquina administrativa" na Era Lula;

Tópico 2: Não é verdade que "houve mais corrupção no governo Lula"; pelo contrário, os últimos 8 anos foram marcados por um combate inédito a esse mal;

Tópico 3: Não é verdade que "a economia foi bem no governo Lula só porque este não mudou a política econômica de FHC";

Tópico 4: Não é verdade que o governo Lula "enfraqueceu as instituições democráticas"; pelo contrário, hoje elas são muito mais vibrantes e sólidas;

Tópico 5: A campanha de José Serra é baseada nas fanáticas campanhas da direita norte-americana, daí o perigo de referendá-la com seu voto.



Tópico 1: Não é verdade que houve "aparelhamento da máquina administrativa" na Era Lula;
Você já deve ter ouvido por aí, tantas vezes, que o PT e o governo Lula "aparelharam o Estado", usando dos cargos em comissão para empregar amigos, apaniguados e militantes, certo?

Pois bem, então lhe perguntamos: quantos são esses cargos em comissão no Poder Executivo federal? São 200 mil, 80 mil, 20 mil? Você faz ideia de qual é esse número preciso?

Primeiramente, acesse este documento aqui: o Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, última edição, de julho deste ano.

Vejamos: na página 33, você pode ver que há hoje, no Executivo federal, um total de 570 mil servidores civis na ativa.

Os ocupantes de DAS (cargos de direção e assessoramento superior) são 21,6 mil (página 107).

Porém, os de recrutamento amplo, ou seja, aqueles que foram nomeados sem concurso, sem vínculo prévio com a administração, são quase 6 mil (página 109), ou pouco mais de 1% do total de servidores civis. Se você considerar apenas os cargos que são efetivamente de chefia (DAS 4, 5 e 6), não chegam a mil e quinhentos.

Parece bem menos do que se diz por aí, não é mesmo? Agora vamos lá: para que servem esses cargos? Não custa dizer o óbvio: em democracias contemporâneas, o grupo que ganha o poder via eleições imprime ao Estado as suas orientações políticas. Em alguns países, o número de comissionados é maior (caso dos EUA); em outros, menor (como na Inglaterra). É natural que seja assim.

O que dizem os estudos internacionais sérios sobre a máquina administrativa brasileira? Vá aqui e baixe um estudo da OCDE sobre o tema. No Sumário Executivo, você verá que o Brasil não tem servidores públicos em excesso, embora o contingente de servidores esteja em expansão e ficando mais caro; que há necessidade de servidores sim, para atender às crescentes demandas sociais; que uma boa gestão de RH é essencial para que isso se concretize; e que o governo federal deve ser elogiado pelos seus esforços em construir um funcionalismo pautado pelo mérito.

Vamos então falar de meritocracia? O que importa é que o governo Lula perseguiu uma política de realização de concursos e de valorização do servidor público concursado sem precedentes. Basicamente, com os novos concursos, a força de trabalho no serviço público federal retomou o mesmo patamar quantitativo de 1997. A maior parte dos cargos criados pelo PT, porém, foi para a área de educação: para as universidades e institutos técnicos já existentes ou que foram criados. Volte no Boletim Estatístico e veja a página 90, sobre as novas contratações em educação. Houve muitos concursos para Polícia Federal e advocacia pública, além de outras áreas essenciais para o bom funcionamento do Estado.

O governo Lula regulamentou os concursos na área federal (veja os arts.10 a 19 deste Decreto), recompôs as carreiras do ciclo de gestão, dotou as agências reguladoras de técnicos concursados (veja a página 92 do Boletim Estatístico), sendo que nos tempos de Fernando Henrique, elas estavam ocupadas por servidores ilegalmente nomeados.

E então? você ainda acha que houve inchaço da máquina pública? Dê uma olhada nos dados deste estudo aqui.

E os tucanos, que alegam serem exímios na gestão pública? O que têm para mostrar?

Nos tempos de FHC, o contingenciamento levou à sistemática não realização de concursos. Para atender às demandas de serviço, a Esplanada nos Ministérios se encheu de terceirizados, temporários e contratados via organismos internacionais, de forma ilegal e irregular. Eram dezenas de milhares deles. Em 2002, apenas 30 servidores efetivos foram nomeados! O governo Lula teve de reverter isso, daí a realização de tantos concursos públicos.

Você sabia? O Estado de São Paulo, governado por José Serra, tem proporcionalmente mais ocupantes de cargos em comissão por habitante do que o governo federal.

E os técnicos, concursados, como são tratados por lá? Bem, eles não estão muito felizes com o Serra não.

Talvez porque as práticas que o PSDB mais condena no governo federal sejam justamente aquelas que eles praticam no governo estadual...



Tópico 2: Não é verdade que "houve mais corrupção no governo Lula do que no FHC"; pelo contrário, os últimos 8 anos foram marcados por um combate inédito a esse mal;
Muitos eleitores revelam a sua insatisfação com o governo Lula enumerando casos como o mensalão, as sanguessugas, Erenice Guerra, Waldomiro Diniz, Correios. Porém, uma memória que não seja curta pode se lembrar de casos como SUDAM, SUDENE, Anões do Orçamento, mensalão da reeleição, SIVAM, etc, para ponderar que mais do que exclusividade deste ou daquele governo, escândalos de corrupção são um mal da nossa cultura política.

Cientistas sociais sabem que é muito difícil "medir" a corrupção. Como a maior parte dela nunca vem à tona, não chega a ser descoberta, noticiada e investigada, nunca se tem uma noção clara do quanto um governo é realmente corrupto. O que importa, então, é o que um governo faz para combater essa corrupção. E nisso, o governo Lula fica muito bem na fita.

Vamos começar pela Polícia Federal. Logo no início do governo, foi feita uma limpeza no órgão (até a revista Veja chegou a publicar uma elogiosa reportagem de capa). Desde então, foram realizados uma série de megaoperações contra corruptos, traficantes de drogas, máfias de lavagem de dinheiro, criminosos da Internet e do colarinho branco (veja uma relação dessas operações aqui). Só em 2009, foram 281 operações e 2,6 mil presos. Desde 2003, foram quase dois mil servidores públicos corruptos presos. Quem compara os números não pode negar que a PF de FHC não agia, e que a PF de Lula tem uma atuação exemplar.

E a Controladoria-Geral da União? Inicialmente, FHC criou a tímida Corregedoria-Geral da União. Foi Lula que, a partir de 2003, realizou concursos públicos para o órgão e expandiu sua atuação. Hoje, a CGU é peça-chave no combate à corrupção. Graças ao seu trabalho, quase 3 mil servidores corruptos já foram expulsos. A CGU contribuiu no combate ao nepotismo e zela pelo emprego das verbas federais via sorteios de fiscalização. E o Portal da Transparência, você conhece? Aquele "escândalo" do mau uso dos cartões corporativos só apareceu na imprensa porque todos os gastos das autoridades estavam acessíveis a um clique do mouse na Internet.

Vamos ficar nesses casos, mas poderíamos citar muitos outros: o fortalecimento do TCU como órgão de controle, um Procurador-Geral da República que não tem medo de peitar o governo (o do FHC era chamado de "engavetador-geral da República", lembra-se?), o Decreto contra o nepotismo no Executivo Federal. Numa expressão, foi o governo Lula quem "abriu a tampa do esgoto".

Se uma pessoa acreditar menos numa mídia que é claramente parcial, e mais nas evidências, a frase "o governo Lula foi o mais republicano da nossa história" deixará de parecer absurda. Que tal abrir a cabeça para isso?


Tópico 3: Não é verdade que "a economia foi bem no governo Lula só porque este não mudou a política econômica de FHC";
Quando se fala em política macroeconômica implantada por FHC, refere-se geralmente ao tripé câmbio flutuante, regime de metas de inflação e superávit primário. Vamos poupar o leitor do economês: basicamente, o preço do real em relação ao dólar não é fixo, flutuando livremente; o Banco Central administra os juros para manter a inflação dentro de um patamar; e busca-se bons resultados nas transações com o exterior para pagar as contas do governo.

Nem sempre foi assim, nem mesmo no governo FHC: até 1998, o câmbio era fixo. Todo mundo se lembra que, em janeiro de 1999, a cotação do dólar, que valia pouco mais de um real, subitamente dobrou. Talvez não se lembre que isso ocorreu porque FHC tinha mantido artificialmente o câmbio fixo durante 1998, para ganhar a sua reeleição - que teve um custo altíssimo para o país - e logo depois, vitorioso, mudou o regime cambial (no que ficou conhecido como "populismo cambial"). O regime de metas de inflação foi adotado só depois disso. Ou seja, FHC não só não adotou uma mesma política macroeconômica o tempo em que esteve no Planalto, como também deu um "cavalo-de-pau" na economia, que jogou o Brasil nos braços do FMI, para ser reeleito.

Que política macroeconômica de FHC então é essa, tão "genial", que o Lula teria mantido? A estabilidade foi mantida, sim, e a implementação do Plano Real pode ser atribuída ao governo FHC (embora Itamar Franco, hoje apoiador de Serra, discorde disso).

Mas Lula fez muito mais do que isso. A inflação não voltou: as taxas de inflação foram mantidas, entre 2003 e 2008, num patamar inferior ao do governo anterior. E com uma diferença: a estagnação econômica foi substituída por taxas de crescimento econômico bem maiores, com redução da dívida pública.

A alta do preço das commodities no mercado externo favoreceu esse quadro (reduzindo a inflação de custos), mas não foi tudo. O crescimento da economia também foi favorecido pelo crescente acesso ao crédito: em 2003, foi criado o crédito consignado, para o consumo de massa de pessoas físicas - e deu certo, puxando o crescimento do PIB; o BNDES se tornou um agente importantíssimo na concessão de crédito de longo prazo (veja esta tabela), induzindo outros bancos a paulatinamente fazerem o mesmo.

Os aumentos reais do salário mínimo e os benefícios do Bolsa Família foram decisivos para uma queda da desigualdade social igual não se via há mais de 40 anos: foi a ascensão da classe C.

Isso tudo é inovação em relação à política econômica de FHC.

E quando bateu a crise? Aí o governo Lula foi exemplar. Ao aumentar as reservas em dólar desde o princípio do governo, dotou o país de um colchão de resistência essencial. Os aumentos reais do salário mínimo e o bolsa família possibilitaram que o consumo não se retraísse e a economia não parasse - o mercado interno segurou as pontas enquanto a crise batia lá fora. E, seguindo o receituário keynesiano - num momento em que os economistas tucanos sugeriam o contrário - aumentou os gastos do governo como forma de conter o ciclo de crise. Deu certo. E a receita do nosso país virou motivo de admiração lá fora.

No meio da pior crise global desde a de 1929, o Brasil conseguiu criar milhões de empregos formais. Provamos que é possível crescer, num momento de crise, respeitando direitos trabalhistas, sendo que a agenda do PSDB era flexibilizá-los para, supostamente, crescer.

Você ainda acha que tucanos são ótimos de economia e petistas são meros imitões?

Então vamos ao argumento mais poderoso: imagens valem como mil palavras.

Dedique alguns minutos a este vídeo, e depois veja se você estaria feliz se Serra fosse presidente quando a crise de 2008/2009 tomou o Brasil de assalto.

Se você tem mais interesse nessa discussão, baixe este documento aqui e veja como andam os indicadores econômicos do Brasil neste período de crescimento, inflação baixa e geração de empregos.



Tópico 4: Não é verdade que o governo Lula "enfraqueceu as instituições democráticas"; pelo contrário, hoje elas são muito mais vibrantes e sólidas;
Mostramos no tópico 2 que os órgãos de controle e combate à corrupção se fortaleceram no governo Lula. Além deles, os outros Poderes continuaram sendo independentes do Executivo. O Legislativo não deixou de ser espaço de oposição ao governo (que Arthur Virgílio não me deixe mentir), e lhe impôs ao menos uma derrota importante. O Judiciário... bem, além de impor ao governo derrotas, como no caso da Lei de Anistia, está no momento julgando o caso do mensalão, o que dispensa maiores comentários.

E a imprensa? Ela foi silenciada, calada, em algum momento? Uma imagem vale por mil palavras - clique aqui.

O que se vê, na verdade, é o oposto. Foi o Estadão, que se diz guardião da liberdade, quem censurou uma articulista por escrever este texto, favorável ao voto em Dilma.

Neste vídeo, uma discussão sobre as verdadeiras ameaças à liberdade de expressão.

Sobre democracia, é impossível não abordar um tema que foi tratado à exaustão neste ano de 2010: o terceiro Plano Nacional dos Direitos Humanos, PNDH-3.

Muito se escreveu sobre seu caráter "autoritário", sobre a "ameaça" que ele representaria à democracia. Pouco se escreveu sobre o fato de ele ser não uma lei, mas um Decreto do Poder Executivo, incapaz, portanto, de gerar obrigações em relação a terceiros. Não se falou que se tratava de uma compilação de futuros projetos de governo, que teriam que passar pelo crivo do Poder Legislativo. Não foi mencionado que ele não partiu do governo, mas de uma Conferência Nacional, que reuniu os setores da sociedade civil ligados ao tema. E pior, a imprensa deliberadamente omitiu que seus pontos polêmicos já estavam presentes nos Planos de Direitos Humanos lançados no governo FHC.

Duvida? Leia este texto e este aqui. Ou ainda, veja com seus próprios olhos: neste link, os três PNDH's.

Olha lá, por exemplo, a temática do aborto no PNDH-2, de 2002 (itens 179 e 334).

Por fim: você realmente acha que um governo que traz a sociedade civil para discutir em Conferências Nacionais, para, a partir delas, formular políticas públicas, é antidemocrático? Pense nisso.


Tópico 5: A campanha de José Serra é baseada nas fanáticas campanhas da direita norte-americana, daí o perigo de referendá-la com seu voto.
Quem acompanhou as eleições de 2004 e 2008 para a Presidência dos Estados Unidos sabe quais golpes baixos o Partido Republicano - aquele mesmo, conservador, belicista, ultrarreligioso - utilizou para tentar desqualificar os candidatos do Partido Democrata. Em 2004, John Kerry foi pintado como o "flip flop", o "duas caras". Em 2008, lançaram-se dúvidas sobre a origem de Obama: questionaram se ele era mesmo americano, ou se era muçulmano, etc. Em comum, uma campanha marcada pelo ódio, pela boataria na Internet, pela disseminação do medo contra o suposto comunismo dos candidatos da esquerda e a ameaça que representariam à democracia e aos valores cristãos.

Você nota aí alguma coincidência com a campanha de José Serra, a partir de meados de setembro de 2010?

Não?

Então vamos compilar algumas acusações, boatos e promessas que surgiram nas ruas, na internet, na televisão e nos jornais, com o objetivo de desconstruir a imagem da candidata adversária, ao mesmo tempo em que tentam atrair votos com base em mentiras e oportunismo.

Campanha terceirizada:
Panfletos pregados em periferias associaram a candidatura de Dilma a tudo o que, na ótica conservadora, ameaça a família e os bons costumes;
Panfletos distribuídos de forma apócrifa disseram que Dilma é assassina, terrorista e bandida, com argumentos dignos da época da Guerra Fria;
E você acha que isso foi iniciativa isolada de apoiadores, sem vínculo com o comando central da campanha? Sinto lhe informar, mas não é o caso: é o PSDB mesmo que financiou e fomentou esse tipo de campanha de baixo nível.

Oportunismo religioso:
- José Serra distribuiu panfletos em igrejas, associando seu nome a Jesus Cristo;
- José Serra pagou campanhas de telemarketing para associar o nome de Dilma ao aborto;
- Até hino em igreja evangélica o Serra cantou;
- José Serra começou a ir a missas constantemente, de forma tão descarada que chamou atenção dos fiéis;

Promessas de campanha oportunistas:
- O PSDB criticou o Bolsa Família durante boa parte do governo Lula; mas agora, José Serra propõe o 13º do Bolsa Família;
- O PSDB defende a bandeira da austeridade fiscal e da contenção dos gastos públicos - foi no governo FHC que se criou o "fator previdenciário"; mas para angariar votos, Serra prometeu um salário mínimo de 600 reais e reajuste de 10% para os aposentados;
- O PSDB criticou o excesso de Ministérios criados por Lula, mas nesta campanha, Serra já falou que vai criar mais Ministérios;
- O DEM do vice de Serra ajuizou ação no STF contra o ProUni, mas agora diz que defende o programa;
- O PSDB se pintou de verde para atrair os eleitores de Marina no 1º turno, mas é justamente o partido de preferência da bancada ruralista e dos desmatadores da Amazônia;

Incoerência nas acusações:
- Serra acusou a Dilma de ser duas caras, mas ele mesmo entrou em contradição sobre suas relações com o assessor Paulo Preto;
- Serra tentou tirar votos de Dilma dizendo que ela era favorável ao aborto, sendo que ele, como Ministro, regulamentou a prática no SUS;
- Mônica Serra chamou Dilma de "assassina de crianças", sendo que ela mesma já teve que promover um aborto;
- José Serra nega que seja privatista, mas já foi defensor das privatizações, tendo o governo FHC a deixado a Petrobras em frangalhos;
- Serra acusa Dilma de esconder seu passado, mas ele mesmo esconde muita coisa;
- A campanha de Serra lança dúvidas sobre o passado de resistência de Dilma, mas omite que dois dos seus principais apoiadores, Fernando Gabeira e Aloysio Nunes Ferreira, pegaram em armas na resistência contra a ditadura, e que ele, Serra, também militou numa organização do tipo;
- Serra associa Dilma a figuras controversas como Renan Calheiros, Fernando Collor e José Sarney, mas esconde o casal Roriz, Roberto Jefferson, Paulo Maluf, ACM Neto, Orestes Quércia e outros apoiadores nada abonadores. Aliás, antes do Indio da Costa (que aliás pertence a uma família de tutti buona gente), quem era cotado para vice dele era o Arruda, do mensalão do DEM, lembra-se?

Isso sem citar os boatos que circulam nas ruas, nos ônibus, nas conversas de bar e entre taxistas.

E então: você ainda acha que a campanha de Serra é propositiva, digna, limpa? Um candidato que se vale de expedientes tão sujos para chegar ao poder merece o seu voto?



Por fim: então por que votar em Dilma Rousseff?

Se você está disposto a dar uma chance para Dilma nestas eleições e quer saber bons motivos para tanto, remetemos aos três textos abaixo.

http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=7171

http://www.amalgama.blog.br/10/2010/para-voce-que-nao-votou-na-dilma/ (especialmente para quem votou em Marina no 1º turno)

http://www.revistaforum.com.br/blog/2010/10/10/frei-betto-dilma-e-a-fe-crista/ (se você acha que a questão religiosa importa, quando bem utilizada no debate eleitoral)

Boa leitura e boa reflexão: e um desejo para que a campanha, doravante, seja marcada pelo debate de projetos de país, propostas concretas e dados, não por calúnias, boatos e achismos.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Andando de Elevador no Trabalho

Toda vez que preciso pegar elevador aqui no trabalho há algumas coisas que me intrigam. Não sei se é por estarmos numa cidade do interior ou se eu que sou chato. Mas vou listar aqui.

1 - A turma que não entende que para subir ou descer você chama o elevador por botões diferentes. Não adianta. Apertam os dois. O ele vador para em cada andar eo cara ainda reclama que ele queria era descer.

2 - Invisibilidade da sinalização de subindo ou descendo. Há mais de uma indicação luminosa sobre o sentido em que está o elevador, mas a necessidade de perguntar a quem já está lá dentro deve ser irresistível.

3 - A turma que gosta de passear o elevador. O pessoal do exempo 1 aperta os dois botões. Alguns não satisfeitos embarcam mesmo que não esteja no sentido desejado e vão até o último andar(ou ao térreo) e reclamam quando no volta o elevador para novamente no andar em que ele estava.

4 - Aqui acho que o erro é do projeto mesmo. Não há ventilação nos elevadores. O prédio é novo, todo bonitinho, cheio de frescura. Mas o elevador não tem ventilação. Nos dias quentes um forno. Nos outros dias sempre há cheirinho surpresa. Pode ser cigarro, suor, perfume de má qualidade, flatulência. Fica tudo lá.

Mas eu que devo ser chato mesmo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Copa de 1994

O Brasil não era campeão desde 1970. Para minha geração isso tinha ocorrido na idade da pedra. Na última Copa tínhamos ido mal e perdido para a Argentina. E nosso time de 1994 não empolgava. Parreira era tido como retranqueiro e o "craque" de nosso meio campo estava em má fase.

Mas os motivos para confiarmos também eram vários. A nossa defesa era segura. Tínhamos uma das melhores duplas de ataque de todos os tempos(na minha opinião a melhor) e Pelá tinha apontado outro time(Colômbia) como favorito.

Na primeira fase, classificação tranquila com vitórias sobre Rússica e Camarões e um empate com a Suécia. Gol de Romário em todos os jogos. Raí barrado por Mazinho. Os eventos mais importantes do grupo foram os recordes batidos no jogo entre os eliminados Rússia e Camarões. Salenko fez 5 gols em um jogo e Roger Milla foi o jogador mais velho a marcar em uma Copa do Mundo.

Nos outros grupos tivemos uma Copa mais animada. Maradona jogando muito e sendo pego por dopping. Nigéria surpeendendo. Itália seguindo aos trancos e barrancos. A favorita do Pelé ficando na primeira fase.

A partir das oitavas de final começou o drama. Pegaríamos logo os donos da casa(EUA) no da quatro de julho. Se fosse em Hollywood estaríamos fritos. E olha que o Rose Bowl não é muito longe de lá. E ainda no primeiro tempo nosso lateral esquerdo achou que era kickbox e deu uma cotovelada histórica no adversário. Ficamos com um a menos e o jogo seguia no 0 a 0, com muitas chances perdidas. Até que Ele apareceu. Romário arrancou a partir do meio de campo e lançou Bebeto, que completou com classe e soltou a frase que todo o Brasil sentia naquele momento. Sufoco, mas seguimos em frente.

Na fase seguinte enfrentaríamos a Holanda e o fantasma de um dos maiores bailes já sofridos pela seleção Brasileira. Mas nós éramos favoritos. O time deles não era nada demais. E ainda tinha casamento de uma prima nesse dia. Temi por não conseguir ver o jogo. Eu tinha 12 anos e minhas prioridades. Primeiro tempo chato. Já o segundo foi histórico. Romário e Bebeto deixaram o Brasil na frente em dois belos gols. Os dois primeiros vacilos de nossa retaguarda na Copa e eles empataram em poucos minutos. Jogo duro e o time da Holanda empolgado. Branco pega a bola e cava uma falta no meio da rua. O que aconteceu todos já sabemos. Era hora de rever a Suécia.

Essse jogo não foi menos duro, porém tenho menos o que contar. Romário só conseguiu vencer a defesa deles já perto do final do jogo. E de cabeça, completando cruzamento de Jorginho. E fomos para a final. A primeira desde 1970. E contra o mesmo adversário de então. E era a chance de vingar 1982.

A Itália passou perrengue na primeira fase. Suou contra a Nigéria nas oitavas e tinha passado em jogos duros contra Espanha e Bulgária até a final. Com Baggio disputando o melhor da Copa com Romário. O jogo foi o primeiro 0 a 0 em finais de Copa do Mundo. Um sofrimento danado. E ia para os pênaltis. Romário fez o seu. Baggio não. Era o tetra! Festa, festa e festa.

Além de nosso título, devemos destacar a seleção da Bulgária, que tinha os jogadores bebendo e fumando na concentração. Chegou ao quarto lugar, eliminou a Alemanha nas quartas, derrotou a Argentina e teve Stoichkov, um dos artilheiros.

Agora era tentar o penta na França.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Adeus Geraldão.

Na última sexta-feira perdemos um dos melhores cartunistas do Brasil.
Eu, que sempre adorei as tirinhas do jornal, sentirei falta.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um Pouco de Cinema

Enquanto enrolo para falar da Copa de 94, vou falar um pouco de cinema.
Segunda-feira passou no telecine Barrados no Shopping do Kevin Smith. Relembrei um pouco de minha adolescênca e de um de meus cineastas favoritos. Fui brincar de pesquisar no IMDB sobre o filme em questão, sobre os outros filmes de que gosto tanto e sobre curiosiddes em geral.

Em dado momento percebi que o cara tinha apenas 24 anos quando fez O Balconista. Eu com 24 anos passava meus dias na frente de um computador fazendo meu trabalho de burocrata e o cara ganhava muito mais escrevendo, dirigindo e atuando em filmes ótimos. Bateu uma ponta de inveja.

De qualquer forma, fica minha indicação para os filmes do cara. Talvez Jay and Silent Bob Strike Back(me recuso a utilizar o título em português desse) não mereça muita atenção para não iniciados. Mas O Balconista 1 e 2, Dogma e o romântico Procura-se Amy valem a sessão.

Na próxima vez falo de filmes sérios.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Festa no Interior

Saindo um pouco do tema do futebol, vou contar um "causo".

No último fim de semana fui a uma festa de formatura de um amigo. Só que a festa era em Campinas(cidade mais fresca do Brasil).

Chegando na casa do meu amigo, descobri que apesar da turma ser da UNICAMP a festa seria em Jundiaí. Isto é, marcaram a festa a 60km de distância e a gente ia de microônibus. Mas essa parte era tranquila.

Ao chegar na festa que as coisas ficaram mais divertidas. Na entrada tinha uma confusão. As fotos oficiais de cada fam´lia de cada formando eram tiradas no mesmo lugar que precisávamos passar para entrar na festa. Lá dentro eu e outras pessoas levamos bronca de uma funcionária do buffet por pegar frios no prato errado.

Depois fomos para a mesa e ficamos a beber durante um bom tempo até que a banda começasse. Até então, nem DJ tinha. Salão aceso e sem música.

Eis que entra em cena a Banda da festa.A abertura é em tom de superprodução. Música melosa, dançarinos e cantores usando e abusando de um "elevador" que tinha no palco. Daí seguiu o show. Repertório óbvio, dançarinos, trocas de figurino de acordo com o estilo da música. No mínimo divertido.

A Banda para e entra o cerimonialista convocando os formandos para dançar a valsa. Três valsas para ser mais preciso. Parecia até festa de quinze anos. Uma boa esfriada no festa e tal. Mas vamos respeitar as tradições.

Logo a banda retoma e entra o set de música bahiana. E vem o auge de sua apresentação. As cantoras surgem num "trio elétrico" . Um carrinho empurrado por dois "ajudantes" no meio da pista de dança. Vai lá a música rolando, tudo de volta ao figurino, até que a Banda resolve esquentar a festa distribuindo brindes. Jogaram para a plateia dois DVDS e dois "abadás" da Bandinha.

Eu já me perguntava se era um evento cômico quando começam a tocar sertanejo. Já esperava que tocasse. Mas não contava com o cantor montado num cavalo com rodas(pintado de zebra). Já tinha feito valer a viagem. No Rio nunca veria nada daquilo.

Quando a banda termina, todos mortos de cansados e tal, bêbados, querendo ir embora. Aí começa uma batucada e sempre é bom encerrar em batucada. Mas não podia ser perfeito. Cantaram até samba da Gaviões da Fiel e ainda tinha a companhia de um grupo de dançarinas seminuas, para deixar o momento mais grotesco. Em quinze minutos ninguém aguentava mais. Só que durou mais de uma hora.

Voltei para casa com uma certeza. Formatura no Rio não tem a mesma graça.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Copa de 1994.

Pré-Copa

Nesse ano a expectativa seria bem maior. Depois de 24 anos sem títulos em Copas do Mundo. O tetra que insitia em bater na trave.

O período pós 1990 não tinha sido muito bom para a nossa seleção. O craque Falcão foi nomeado técnico após o fracasso na Itália. Fez muitas experiências, porém os maus resultados o afastaram da carreira de treinador(recém iniciada). No currículo uma Copa América perdida para a Argentina.

Em 1992, com Valdir Espinosa no comando, a seleção pré olímpica ficou pelo caminho. Na principal assumiu Parreira, que levou o brasil a perder mais uma Copa América para a Argentina(1993).

Chegamos às eliminatórias. Na estreia, 0 a 0 sofrido com o Equador. Segundo jogo, derrota de 2 a 0 para a Bolívia. Primeira derrota da seleção em eliminatórias.

Enquanto isso, Romário jogava o fino na Europa e Parreira e Zagallo insistiam em não chamá-lo. Porém o Brasl chegou ao último jogo, contra o Uruguai, sem a classificação garantida. Precisávamos apenas de um empate no maraca, mas os fantasmas de 50 estavam presentes.

Chamaram o Romário para refazer a dupla com Bebeto, que não tinha rolado em 90. E ele resolveu. O Brasil ia aos EUA.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Copas de minha vida - Essa eu vi.

1990

Em 1990 eu já era um assíduo telespectador de futebol. Já tinha meus ídolos, meus horários de ver jogo. Já sofria e comemorava com o Vasco.

Com a seleção não podia ser diferente. Em 1988 acompanhei a campanha nas olimpíadas de Seul, quando perdemos a final para a União Soviética(comunistas filhos da puta!).
Em 1989 teve Copa América no Brasil. Ganhamos a primeira desde 1949(!) e ainda "vingamos" o maracanazo. Show de Romário e Bebeto.
Ainda em 1989 tivemos eliminatórias. E o episódio da fogueteira quase deixou o Brasil de fora da festa na Itália.

Rumo a Copa, contusão de Romário. Péssimo sinal. Estaria fora das melhores condições na Copa. Para piorar, Lazaroni inventou de escalar a seleção num 3-5-2 completamente desconhecido no Brasil e resolveu escalar Careca e Muller. Bebeto nem entrava.

E começamos. Primeira fase. Três jogos chatos, três vitórias magras e chatas. Classificamos em primeiro e pegamos a Argentina. Família reunida para assistir. Muitos gols perdidos(Muller titular...) até Maradona fazer uma jogada e dar um presente para Cannigia. Brasil fora da copa.

Mas a Copa não é só Brasil. E em 1990 já curti muito outros jogos e outras seleções. Romênia, Iugoslávia, Colômbia, Tchecoslováquia, Camarões, Holanda. Um mar de novidades futebolísticas. Todo dia tinha jogo. Era voltar da escola e ir direto para a TV. Pegar o jornal cedo, ler a parte de esportes. Também tinha o álbum de figurinas. Ficha de todos os jogadores!

Tenho como boas recordações alguns jogos. Camarões 1X0 Argentina, Alemanha 1X1 Colômbia, Inglaterra 3x2 Camarões, Argentina 0x0 Iugoslávia. Além das semifinais e da final.

Ficou marcada como uma das copas de pior futebol em todos os tempos. Mas eu digo que gostei bastante! Com certeza era um aficcionado.

Poderia falar muito mais sobre essa Copa, mas ainda há outras para contar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Copas de minha vida - 1986.

1986

Dessa eu vez eu já tava mais velho. Já tinha quatro. Tinha alguma noção do que se passava a minha volta no mundo.

Dessa Copa já lembro de algumas coisas. Duas me marcaram muito, embora as lembranças fossem bem confusas.
Lembrava. do Zico perder um pênalti no jogo contra a França e o Brasil ser eliminado nos pênaltis. Só mais velho percebi que ele tinha errado durante o jogo e não na disputa(nessa hora ele fez). De qualquer forma, o Brasil ficava de fora.

A outra lembrança era do gol de mão do Maradona. Não lembrava contra quem, nem em que fase. Coisas pelas quais só fui saber um pouco mais tarde. Possivelmente no clima pré Copa de 90 fui conhecendo melhor essas histórias.

Também lebrava que a Argentina tinha ganho e que existia um time chamdo de Dinamáquina(sempre presente em nossos campeonatos de botão).

Copas de minha vida.

Como me propus a falar da viagem a Copa do Mundo, vou contar um pouco de como veio essa fixação por esse evento. Afinal não to interessado em Safaris mesmo.

1982

Nessa copa eu tinha um mês de idade. Não lembro muita coisa, ao vivo.
Mas um tio meu adorava passar no videocassete as fitas que ele tinha gravado da copa. Assisti, entre 1989 e 1991, algumas vezes a Brasil e Argentina (3 a 1 Brasil com Maradona expulso).
Em uma dessas sessões um primo meu ficou surpreso com o final da Guerra das malvinas...
O fatídico Brasil e Italia(Paolo Rossi 3 a 2) passava menos. Durante muito tempo também culpei o pobre do Cerezo. Até o dia que soube que ele falhou no segundo gol. Depois disso o Brasil empatou. E no terceiro gol quem vacilou foi o Leovegildo(deu condição pro Rossi marcar).

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Blog antigo

O blog antigo era .

Há bons posts por lá.

Mas o hospedeiro estava meio anacrônico. resolvi mudar e ver se escrevo mais.

Recomençando

Durante muito tempo tentei fazer um blog, nunca consegui manter.

Agora vou tentar manter um e falar dos preparativos para a Copa do Mundo.

E talvez de outras coisas.