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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Copa de 1994

O Brasil não era campeão desde 1970. Para minha geração isso tinha ocorrido na idade da pedra. Na última Copa tínhamos ido mal e perdido para a Argentina. E nosso time de 1994 não empolgava. Parreira era tido como retranqueiro e o "craque" de nosso meio campo estava em má fase.

Mas os motivos para confiarmos também eram vários. A nossa defesa era segura. Tínhamos uma das melhores duplas de ataque de todos os tempos(na minha opinião a melhor) e Pelá tinha apontado outro time(Colômbia) como favorito.

Na primeira fase, classificação tranquila com vitórias sobre Rússica e Camarões e um empate com a Suécia. Gol de Romário em todos os jogos. Raí barrado por Mazinho. Os eventos mais importantes do grupo foram os recordes batidos no jogo entre os eliminados Rússia e Camarões. Salenko fez 5 gols em um jogo e Roger Milla foi o jogador mais velho a marcar em uma Copa do Mundo.

Nos outros grupos tivemos uma Copa mais animada. Maradona jogando muito e sendo pego por dopping. Nigéria surpeendendo. Itália seguindo aos trancos e barrancos. A favorita do Pelé ficando na primeira fase.

A partir das oitavas de final começou o drama. Pegaríamos logo os donos da casa(EUA) no da quatro de julho. Se fosse em Hollywood estaríamos fritos. E olha que o Rose Bowl não é muito longe de lá. E ainda no primeiro tempo nosso lateral esquerdo achou que era kickbox e deu uma cotovelada histórica no adversário. Ficamos com um a menos e o jogo seguia no 0 a 0, com muitas chances perdidas. Até que Ele apareceu. Romário arrancou a partir do meio de campo e lançou Bebeto, que completou com classe e soltou a frase que todo o Brasil sentia naquele momento. Sufoco, mas seguimos em frente.

Na fase seguinte enfrentaríamos a Holanda e o fantasma de um dos maiores bailes já sofridos pela seleção Brasileira. Mas nós éramos favoritos. O time deles não era nada demais. E ainda tinha casamento de uma prima nesse dia. Temi por não conseguir ver o jogo. Eu tinha 12 anos e minhas prioridades. Primeiro tempo chato. Já o segundo foi histórico. Romário e Bebeto deixaram o Brasil na frente em dois belos gols. Os dois primeiros vacilos de nossa retaguarda na Copa e eles empataram em poucos minutos. Jogo duro e o time da Holanda empolgado. Branco pega a bola e cava uma falta no meio da rua. O que aconteceu todos já sabemos. Era hora de rever a Suécia.

Essse jogo não foi menos duro, porém tenho menos o que contar. Romário só conseguiu vencer a defesa deles já perto do final do jogo. E de cabeça, completando cruzamento de Jorginho. E fomos para a final. A primeira desde 1970. E contra o mesmo adversário de então. E era a chance de vingar 1982.

A Itália passou perrengue na primeira fase. Suou contra a Nigéria nas oitavas e tinha passado em jogos duros contra Espanha e Bulgária até a final. Com Baggio disputando o melhor da Copa com Romário. O jogo foi o primeiro 0 a 0 em finais de Copa do Mundo. Um sofrimento danado. E ia para os pênaltis. Romário fez o seu. Baggio não. Era o tetra! Festa, festa e festa.

Além de nosso título, devemos destacar a seleção da Bulgária, que tinha os jogadores bebendo e fumando na concentração. Chegou ao quarto lugar, eliminou a Alemanha nas quartas, derrotou a Argentina e teve Stoichkov, um dos artilheiros.

Agora era tentar o penta na França.

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