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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Relato divino

Você acredita em Deus?
Assim, com maiúscula, com barba e morando no céu? Não.
E no Deus criador do universo e que cuida de nós?
Acho difícil de acreditar nisso. Não.
O meu Deus é um Deus de amor, de irmandade. Nele você acredita?
Olha, eu não sei bem se acredito em amor. Eu acredito em compaixão, pode ser?
Eu vejo que você está confuso. Já falou com um padre? As vezes é importante alguém pra conversar sobre a vida.
Porque eu falaria com um padre sobre a vida? O que ele sabe mais da vida do que um mendigo ou um jornaleiro? Deve saber menos...
É normal se sentir assim. Eu te entendo. Você precisa aceitar que há coisas que você nunca vai entender.
...
Mas como eu dizia, e no Deus do amor, você acredita?
Eros?
Você é inteligente, mas sofre de falta de humildade. Você sabe que não estou falando de mitologia. Acredita ou não?
Não acredito num ser onisciente, onipotente e onipresente que ama todo mundo mais ou menos por igual.
Você olha o detalhe e esquece o quadro. Eu estou me referindo ao Deus da vida, do inexplicável. Que a gente sente dentro da gente quando vê um criança sorrir ou uma bela paisagem. Nesse você acredita, né?
Não sinto. Não acredito.
E numa força, que atua em todos nós e equilibra o universo?
Ahn, isso eu acredito.
Acredita mesmo?
Claro. Eu chamo de Gravidade.
Olha, era pra ser uma pergunta simples. Mas se você não consegue dar uma resposta direta, então não dá pra gente conversar.


retirado de http://fserb.posterous.com/

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